ABSTRACT
O objetivo deste trabalho foi o de avaliar a sintomatologia de depressäo pós-parto em uma amostra de mulheres que procuraram atendimento médico/vacinaçäo em um posto de saúde e correlacionar com a percepçäo da puérpera em relaçäo ao suporte social (provindos da família de origem, família do marido/filhos e amigos). Para realizar esta pesquisa foram entrevistadas 73 mulheres de um bairro da Zona Leste da cidade de Säo Paulo, com idade variando entre 16 e 40 anos, que se encontravam no período de 3 a 6 meses após ap parto. Para a coleta de dados foram aplicados, de forma individual, um questionário de identificaçäo, um questionário de avaliaçäo do suporte social (desenvolvido pelos próprios pesquisadores), além da escala de depressäo pós-parto de Edinburgh (EDPS). Primeiramente, verificou-se que 32,9 por cento das mulheres desta amostra apresentaram sintomatologia depressiva, de acordo com anota de corte para a populaçäo brasileira. A análise das correlaçöes entre o questionário de avaliaçäo do suporte social e a EPDS revelou que o suporte social provindo da família de origem foi estatisticamente significante, enquanto o suporte provindo da família do marido, bem como o suporte total se mostraram estatisticamente tendenciosos, todos de forma negativa e com intensidade fraca. O suporte social provindo dos parceiros näo foi estatisticamente significante com a EPDS, contrariando os dados da literatura. Desta forma, concluiu-se pela existência de uma associaçäo fraca entre sintomatologia depressiva pós-parto e o suporte social, com esta amostra. A relaçäo destes resultados com a literatura atual bem como as limitaçöes metodológicas desta pesquisa säo discutidas neste artigo.